Alguns artigos interessantes foram publicados recentemente, cujos temas foram os efeitos do meio ambiente sobre a genética (DNA). Mais especialmente sobre alterações no DNA causada por agentes externos como dieta, hormônios, envelhecimento e exposições ambientais específicas. Ou seja: o ambiente é capaz de causar mutações genéticas transmissíveis às gerações seguintes.
Por exemplo: alguns estudos citados mostram que 60 anos depois do “inverno faminto” na Holanda, os genes responsáveis pela produção de um hormônio semelhante ao de crescimento (IGF) foram modificados nos indivíduos que nasceram logo após esse período fazendo com que crescessem menos, sugerindo que uma adversidade ambiental (privação de alimento) sofrida pelos pais possa ter alterado seus genes e essa característica foi passada aos seus descendentes de forma vitalícia.
Outro experimento mostrou que, numa população de ratos divida em dois grupos, aquele alimentado com dieta pobre em proteínas, após fecundar fêmeas alimentadas com dieta normal, gerou descendentes mais propensos à obesidade, quando comparados com o grupo alimentado com dieta normal.
Isso talvez possa explicar por que os países pobres estejam enfrentando um grande aumento da população obesa, ou quais alterações genéticas aos nossos descendentes ocorrerão como resultado da nossa alimentação atual?

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