Na fertilização in vitro, a saúde do útero é mais importante do que a qualidade do óvulo quando se trata de uma gravidez saudável. É o que mostra um novo estudo publicado na "Fertility and Sterility", uma revista internacional para os obstetras.
O estudo foi conduzido pelo médico William Gibbons, professor de obstetrícia e ginecologia na Faculdade de Medicina Baylor. Ele e os colegas da Sociedade de Tecnologias de Reprodução Assistida revisaram três anos de dados que compararam o peso ao nascer e o tempo médio de gestação de nascimentos únicos por meio de FIV padrão, FIV com óvulos de doadoras e FIV com barriga de aluguel.
Embora a capacidade de conseguir uma gravidez esteja ligada à qualidade do óvulo/embrião, os resultados obstétricos de peso ao nascer e a duração da gestação são mais significativamente associados ao meio ambiente uterino, segundo os pesquisadores.
Foram avaliados mais de 300 mil ciclos de FIV, equivalentes a mais de 70 mil gestações únicas.
"Esta é a primeira vez que um estudo demonstrou que a saúde do útero de uma mulher é um fator determinante para a obtenção de um feto com peso normal e duração normal da gestação", disse Gibbons.
Como as tecnologias de reprodução assistida estão aumentando muito nos EUA, cada vez mais a atenção é dirigida não só às taxas de gravidez, mas também para os resultados obstétricos das gestações_ o que significa o recém-nascido, peso ao nascer, a saúde e a idade gestacional. Atualmente, cerca de 1% dos nascimentos nos EUA é resultado da reprodução assistida.
Um dado curioso: os pesquisadores descobriram que bebês nascidos de embriões congelados tinham peso ao nascer significativamente maiores do que aqueles que nasceram como resultado da FIV padrão. Para eles, os hormônios usados no tratamento podem afetar a qualidade uterina. É claro que ainda são necessárias mais investigações, mas é uma dedução que faz sentido.

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