terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pessoas com sobrenomes do "R" ao "Z" compram mais que as que começam com "A"

Comportamento pode começar com a chamada de estudantes americanos

Pessoas cujo sobrenome começa com letras mais próximas ao fim do alfabeto reagem mais rapidamente à chance de comprar algo do que aquelas cuja inicial está perto da letra A, revelou um estudo sobre o comportamento do consumidor. Essa característica parece partir do sobrenome de solteiro das pessoas e não do eventual nome que adotam depois de casadas.
Por esse motivo, os autores do estudo levantam a hipótese de que esse comportamento pode ser uma reação à forma como o mundo é ordenado durante a infância - como na escola, por exemplo, onde crianças com sobrenomes começados em "Z" estão sempre no final da fila enquanto as que tem sobrenomes começados com "A" ficam no começo.
Pesquisadores das faculdade de Gestão Empresarial das universidades americanas Georgetown e Nashville apresentaram ofertas por tempo limitado a quatro grupos de estudantes universitários e descobriram que, quanto mais perto do fim do alfabeto fosse a inicial do sobrenome dos participantes, mais rápido compravam.
"As crianças desenvolvem tendências de resposta para lidar com as desigualdades que surgem pelo uso dado ao "Z" em seu ambiente", diz o estudo, publicado na edição de janeiro da revista científica sobre consumo Journal of Consumer Research.
Ainda segundo a pesquisa, os consumidores que estão no final do alfabeto querem ter certeza de que serão os primeiros da fila. As crianças do final do alfabeto agem rapidamente quando o sobrenome não é uma variável.
- Do mesmo modo, aqueles cujos sobrenomes estão no começo do alfabeto estão tão acostumados a ser os primeiros que não se interessam tão rápido pelas oportunidades individuais, e comprarão "mais tarde".
 O "efeito sobrenome" pode ser útil para diretores de marketing e vendedores, afirmam os pesquisadores Kurt Carlson e Jacqueline Conard. É possível, por exemplo, elaborar bases de dados ou selecionar usuários do Facebook, cujos sobrenomes comecem com uma letra próxima ao fim do alfabeto e vender melhor ofertas limitadas de produtos disponíveis por curtos períodos de tempo.
Os pesquisadores consideram "letras próximas do final do alfabeto" as que vão de R a Z. 

Aqui no Brasil, o estudo precisaria levar em consideração o fato de que a grande maioria das escolas costuma identificar e organizar as crianças pelo prenome ou nome de batismo, não pelo sobrenome.

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