quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Cientistas descobrem o gene da dor


Cientistas descobrem o gene da dor

Descoberta poderá explicar por que algumas pessoas têm maior predisposição que outras

Pesquisadores de vários países identificaram o gene responsável pela predisposição à dor crônica.

A descoberta abre novas perspectivas de tratamento desse mal que afeta cerca de 20% dos adultos em todo o mundo e pode variar da dor de cabeça persistente, dor nas costas e dor da artrite a dores psicogênicas.

Embora se saiba que algumas pessoas têm maior predisposição do que outras às dores crônicas, ninguém sabia as razões disso.

Agora, pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, da Universidade de Toronto, do Canadá, da Sanofi-Aventis, da Alemanha, e do Centro de Biologia Oral do Instituto Karolinska, da Suécia, acreditam ter encontrado a resposta na genética.

Segundo Ariel Darvasi Alexander Silberman, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Hebraica, “o significado imediato é a consciência de que as diferenças na percepção da dor podem ter uma predisposição genética". Em um relatório publicado na semana passada na Genome Research, Darvasi e seus colegas identificaram uma região do cromossomo 15 do rato que provavelmente continha uma ou mais variantes genéticas que contribuem para a dor. Eles identificaram o gene Cacgn2 como o provável candidato.

Em experimentos com ratos, os pesquisadores confirmaram que o Cacgn2 tem um papel funcional na dor.

Para saber se a versão humana do gene também tem algum um papel na dor crônica, os cientistas analisaram um grupo de pacientes com câncer de mama que apresentaram dor crônica mais de seis meses depois de terem sido submetidas à remoção ou remoção parcial da mama.

Os cientistas descobriram que as variações genéticas do Cacng2 foram significativamente associadas a essa dor crônica.

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