segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mulheres hesitam em falar de sexo com seus médicos

Mulheres na pós-menopausa podem ter dificuldades em falar de sexo com seus médicos e, eventualmente, podem não falar a verdade. Esta é a conclusão de um estudo australiano que tenta explicar como isso ocorre.
Mulheres pós-menopáusicas, muitas vezes, hesitam em discutir suas atitudes sexuais e experiências sobre sexualidade com seus médicos. E, às vezes, mentem quando o assunto é sexo. Isso pode ser explicado por fatores socioculturais, étnicos e antecedentes médicos que intereferem na atitude sobre a menopausa e sobre as expectativas ligadas à sexualidade.
        Um estudo entrou fundo nesta questão tentando investigar a comunicação sobre sexo entre pacientes e médicos e sobre os fatores externos que limitam este diálogo. Mais de 2300 mulheres, com idades entre 45 e 64 anos foram entrevistadas, direta ou indiretamente, por meio de questionário, fornecendo dados sobre a atividade sexual e o impacto da mesma na qualidade de vida. Quanto aos resultados, os pesquisadores observaram que a porcentagem de mulheres que tiveram parceiro ocasional ou pouco convencional variou conforme o tipo de entrevista, sendo o dobro na entrevista anônima, na comparação com a entrevista médica. Outra diferença relevante é que na entrevista médica, apenas 15% das mulheres reconheceram que a sexualidade não era muito importante; muito diferente dos 40% relatados no questionário anônimo.
       A mensagem é clara, mulheres nesta faixa etária tem dificuldades para falar de sexo com seus médicos. Isso pode ser explicado pelas características das mulheres, do médico ou de ambos. E não falar pode ser ruim para as mulheres ou mesmo para a relação médico-paciente.
       Mas vale uma ressalva. Um dos poucos itens em que os métodos, por entrevista médica e questionário, foram concordantes foi sobre “a ausência de vida sexual atual”. Houve concordância entre os métodos e quase 90% das mulheres diziam estar sem atividade sexual no momento. Pelo jeito, quando se trata de sexo, é mais fácil falar o que não se faz do que o que se faz ocasionalmente ou escondido.

 

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