Diversos estudos já indicam, há anos, que um bom nível educacional tem ligação com uma saúde melhor. Mas uma nova pesquisa da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, mostrou que ter boas notas no final do ensino médio é indicativo de menos problemas de saúde na idade adulta.
O estudo, feito por Pamela Herd e publicado no periódico Journal of Health and Social Behavior, coletou dados de um estudo longitudinal – feito com um grupo amplo de indivíduos durante muito tempo – que acompanhou mais de 10 mil estudantes entre 1957 e 2010.
“O que você faz na escola tem grande importância. Já sabíamos que um bom desempenho acadêmico no ensino médio tinha correlações com a carreira profissional e a posição socioeconômica anos depois, mas nossa pesquisa aponta também que isso tem reflexos na saúde do indivíduo”, diz Herd.
Esses benefícios, diz a autora, podem aflorar anos após o final dos anos escolares. Mas isso não quer dizer que na juventude esses benefícios não estejam já em ação, aponta Herd, apesar das conclusões iniciais de sua pesquisa terem focado no estado de saúde dos indivíduos acompanhados por volta da idade de aposentadoria. Nos homens e mulheres analisados por Herd, quanto melhor o desempenho acadêmico ao final do ensino médio, melhor a saúde em geral no início da velhice.
Os fatores que levam a esse efeito protetor da saúde causado pelo nível de estudos ainda estão sendo detalhados. A hipótese da pesquisadora é que essas pessoas mais estudiosas também sejam mais atentas e conscientes sobre o que fazem e, portanto, se dediquem mais aos estudos. Ao final do ensino médio, diz Herd, essa atenção pode acabar sendo desviada para a própria saúde.
“O que vimos até agora é que o modo como as pessoas se comportam na escola é importante para a saúde”, diz a pesquisadora. “As notas desses indivíduos nos mostram que investir na educação é uma forma de proteger a saúde dos cidadãos em longo prazo também”, conclui.
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