
Rendimento ainda continua concentrado
Índice de Gini, que mede o grau de desigualdade, manteve-se praticamente estável
O comportamento observado quando se considera os décimos do rendimento teve reflexo direto na distribuição de renda no Estado, quesito onde praticamente não se avançou nos últimos dois anos. Em 2009, o Índice de Gini, que mede o grau de concentração de uma distribuição - no caso do rendimento mensal das pessoas de dez anos ou mais de idade -, foi de 0,528, mantendo-se praticamente estável quando se compara, por exemplo, com o ano de 2007, quando o indicador foi de 0,523. Este índice varia de zero (a perfeita igualdade) até um (a desigualdade máxima).
Embora sem variação significativa, o valor alcançado pelo Ceará no ano passado, aparece como o 3º melhor resultado entre os estados do Nordeste, região onde o melhor índice foi verificado no Maranhão (0,517), seguido por Pernambuco (0,522). O pior índice foi apurado no Piauí (0,558).
Entretanto, quando a base de comparação são os últimos seis anos, o Estado obteve relativo avanço, com o Índice de Gini saindo de 0,568, em 2004, para 0,528 no ano passado.
No País
Por outro lado, para o Brasil, foi mantida a tendência de queda observada nos últimos anos: em 2009, o índice de Gini foi de 0,518 e, em 2008, de 0,521. Vale lembrar que, em 2007, este índice foi de 0,528 e, em 2006, era de 0,541. O índice de Gini também apresentou redução no Nordeste, de 0,546 para 0,542 e, na Região Sul, de 0,486 para 0,482. Para o Sudeste, não houve mudança significativa, passando de 0,496 para 0,495.
Porém, houve redução considerável do índice para a Região Centro-Oeste, de 0,552 para 0,540. Desde o ano de 2007, esta região apresentava o maior índice, posição agora ocupada, novamente, pela Região Nordeste.
ÊNFASE
No País, ministro vê desigualdade em queda
Para o ministro, o que determinou o resultado no ano passado foi a estratégia de manutenção dos principais programas sociais do governo federal, o estímulo à agricultura familiar e a política de elevação do valor real do salário mínimo, além do fato de o País ter gerado quase um milhão de empregos formais. Bernardo não se arrisca a prever se o índice vai cair abaixo de 0,50 em 2010, já que o Brasil retomou forte ritmo de crescimento econômico e voltou a reduzir a taxa de desemprego significativamente.

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